Não é novidade para ninguém que o consumo de carne e proteína de origem animal vem sendo reduzido cada vez mais.
Já passa de 10% o número de Brasileiros que se declaram vegetarianos. A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) estima que dos 30 milhões de brasileiros são vegetarianos e cerca de 7 milhões veganos.
O Vegetarianismo tem se tornado cada vez mais estilo de vida indo além de simplesmente não comer carne mas também excluindo o consumo de produtos não alimentícios provenientes de animais, como lã, couro, seda e pele.
Para uns se trata de questão de saúde pública e consideram o consumo de carne como nocivo.
Existem aqueles que se tornam vegetarianos por razões éticas, considerando os direitos dos animais. Estes discordam de práticas como circos com animais, rodeios, produtos testados em animais e qualquer outra forma de atividade em que o animal seja explorado.
Outro motivo que leva uma pessoa a se tornar vegetariano seria também para diminuir os impactos ambientais (redução na emissão de gás metano) ou ate mesmo questões religiosas.
De um jeito ou de outro, verdade é que o vegetarianismo se encontra na Crista da onda, e cada vez mais se mostra um mercado bem atrativo. Mas será que essa tendência é o futuro?
Assim como o cigarro era largamente consumido nas década de 50/60 e hoje é visto como péssimo vicio, há quem acredite que no futuro comer carne sera julgado da mesma forma.
Desconsiderar este mercado não seria nada inteligente! Num futuro bem próximo o que as empresas deverão fazer é tentar reposicionar sua marca a valores mais responsáveis e conscientes com as mudanças climáticas, voltados para o tema ambiental e com viés de diminuir testes em animais. Mais farmers market e menos industrialização dos alimentos.
Será que se fôssemos todos veganos, essa atual pandemia existiria? Boa pergunta! não são poucas as evidências científicas que ligam o início do surto de COVID-19 ao consumo humano de animais. E esta não é a primeira vez que uma pandemia tenha sido, iniciada pela transmissão de animal não-humano para humano (ex. Gripe Suína, Gripe Aviária, Ebola etc). No artigo de Janaina Chiaradia para o site Parana Portal ela ressalta que: ˝Os animais não têm culpa pelas pandemias: culpada é a nossa insistência em explorá-los. Por isso, parece que as condutas veganas e as dietas vegetarianas não são mais apenas questões éticas, mas verdadeiras exigências de saúde pública global.˝ (paranaportal.uol.com.br)
Ampliar o mercado e a aceitação de produtos vegetarianos e veganos se tornará necessário e a discussão de assuntos como este estão cada vez mais presentes em grupos de amigos e almoços familiares.
É, ainda, responsabilidade dos pais educar as crianças de hoje para um futuro onde o consumo de carne não deva ser quase obrigatório como nossa geração foi educada. Formar um paladar ˝plant base˝é a chave para que gerações futuras naturalmente não se vejam reféns da carne para sobreviver.
Para quem não se sente estimulado a radicalmente cortar o consumo de carne 100% do seu dia a dia, a boa dica é escolher um dia da semana (ex. Segunda-sem carne) e fazer a sua contribuição (que embora pareça pequena, é muito importante) para o planeta. Façamos cada um, a nossa parte!
Acabei de oficializar a não adesão a proteina animal, aos poucos vou me desfazendo da cultura do “está faltando um bife aqui”.
É triste, mas podemos superar.
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